
O recém-inaugurado Boteco 5 Esquinas remete as antigas histórias do Bar 5 Esquinas, que fez parte da vida dos andreenses. Localizado na Rua Coronel Francisco Amaro, 1, em Santo André, o espaço foi reformado e traz em suas paredes imagens que remetem a cidade do Grande ABC, como o relógio de Paranapiacada.
O Bar 5 Esquinas foi comprado pela família Soma, natural de Regente Feijó – SP, em 1965. O cuidado com o estabelecimento era mantido pelo casal Miguel e Terezinha com as filhas Rosangela e Rosiane. Era um local muito frequentado pelas pessoas que trabalhavam ao redor nas indústrias, como a Firestone e Pirelli.
“Foi um tempo bom para nós. Apesar de trabalharmos bastante, era gratificante”, comenta Rosangela Casteião, filha dos antigos proprietários.
O nome marcante do local se deu pela localização, no qual situa-se em cinco esquinas, cinco ruas convergem o espaço.
No cardápio tinha linguiça assada no álcool, ovos de codorna e também a famosa caipirinha com a pinga Guadalupe e limões, que eram entregues de bicicleta por um senhor da região.
“Achavam lindo a família toda trabalhando, éramos muito elogiados. Outra iguaria que papai introduziu foi a biribinha, sabe o que é? Aqueles espetinhos de palito com pedaços de queijo, presunto e azeitona”, conta Rosangela.
Em 1967, o senhor Miguel vendeu o bar e se mudou com a família para Presidente Prudente.
Recordações
As lembranças são muitas e a população andreense tem muita história para contar. Alguns internautas também comentaram sobre o antigo Bar 5 Esquinas.
‘’Formava filas enormes nos finais de semana para aproveitar a melhor caipirinha do ABC”, lembra um deles.
‘’Estudei no Colégio Duque de Caxias. Tomei muita cerveja e caipirinha neste local. Tinha feijoada sábado a noite, muito bom!”, salienta outro.
“No Bar 5 Esquinas, nos anos 1956 e 57, minha querida e inesquecível tia Dora Vilas Boas realizava meus desejos de consumo comprando os tracionais e famosos queijos polenguinho. Expostos sobre o balcão, acomodados em caixas de madeira e, assim como hoje, embalados em papel de alumínio quadradinho. Era a alegria das crianças que moravam na Rua Campos Sales”, recorda mais um comentário.
Foto: Acervo pessoal
Comments